• Home
  • Instituição
  • Cursos
  • Blog
  • Contato
  • Material de Apoio
    • MATRICULE-SE JÁ
Account

Embu das Artes: (11) 97339-7162 | (11) 4241-7525 - Bragança Paulista: (11) 97339-7162

CPEA - Agrocursos
  • Home
  • Instituição
  • Cursos
  • Blog
  • Contato
  • Material de Apoio
    • MATRICULE-SE JÁ

Agricultura

  • Home
  • Blog
  • Agricultura
  • O que são micorrizas?

O que são micorrizas?

  • Postado por robinson
  • Categorias Agricultura, Agrocursos, Agronegócios, Agronomia, Agropecuária, Home
  • Data 17 de setembro, 2025
  • Comentários 0 comentário
O que são micorrizas?

No universo da agropecuária, entender como o solo e as plantas interagem é fundamental para melhorar a produtividade e garantir sistemas sustentáveis. Muitas vezes, quando pensamos no desenvolvimento de uma cultura, lembramos da importância da adubação, da irrigação ou até do controle de pragas. Mas existe um aliado silencioso e poderoso que atua debaixo da terra: as micorrizas.

As micorrizas são associações simbióticas entre fungos e raízes de plantas, capazes de ampliar a absorção de nutrientes, melhorar a resistência das culturas frente ao estresse e até proteger contra doenças do solo. Esse processo natural ocorre há milhões de anos e continua sendo essencial para a saúde das lavouras e para a vitalidade dos ecossistemas agrícolas.

Neste artigo, vamos explorar de forma clara e didática o que são micorrizas, os tipos existentes, seus benefícios e a importância prática para o manejo agrícola. Seja você estudante, professor ou profissional do campo, compreender esse tema é dar um passo à frente na busca por sistemas produtivos mais eficientes e sustentáveis.

As micorrizas podem ser definidas como uma associação simbiótica entre fungos do solo e as raízes das plantas. O próprio termo vem do grego mykes (fungo) e rhiza (raiz), indicando justamente essa união. Nessa relação, tanto a planta quanto o fungo se beneficiam, tornando-a um exemplo clássico de simbiose positiva na natureza.

O processo funciona da seguinte maneira: o fungo coloniza a raiz da planta e passa a ampliar a área de contato com o solo, formando uma espécie de rede que facilita a absorção de água e nutrientes, especialmente fósforo e micronutrientes que muitas vezes estão pouco disponíveis. Em troca, a planta fornece ao fungo açúcares e compostos orgânicos produzidos durante a fotossíntese, garantindo sua sobrevivência.

Do ponto de vista ecológico, as micorrizas desempenham um papel essencial na manutenção da fertilidade natural dos solos, promovendo maior equilíbrio entre os organismos subterrâneos e fortalecendo a biodiversidade. Já na agricultura, sua importância é ainda mais evidente: contribuem para a redução da dependência de fertilizantes químicos, aumentam a tolerância das culturas a condições de estresse (como seca ou salinidade) e ajudam a manter os sistemas produtivos mais estáveis e sustentáveis.

Tipos de micorrizas

As micorrizas não são todas iguais. Dependendo da forma como o fungo interage com a raiz da planta, podemos encontrar diferentes tipos de associações. Entre elas, as mais conhecidas são as ectomicorrizas e as endomicorrizas (ou arbusculares).

Ectomicorrizas

Nas ectomicorrizas, o fungo envolve a raiz externamente, criando um “manto fúngico” que a recobre. Além disso, forma uma rede de hifas entre as células, chamada rede de Hartig, mas não chega a penetrar no interior das células vegetais. Esse tipo de micorriza é bastante comum em árvores de clima temperado e em espécies florestais como pinheiros, eucaliptos, carvalhos e castanheiras. Embora tenham menor relevância direta para culturas agrícolas tropicais, desempenham papel essencial em reflorestamentos e na manutenção da saúde dos solos florestais.

Endomicorrizas (arbusculares)

As endomicorrizas, também conhecidas como micorrizas arbusculares, são as mais comuns e importantes para a agropecuária. Nesse caso, o fungo penetra dentro das células das raízes, formando estruturas chamadas arbúsculos, responsáveis pela troca intensa de nutrientes, e vesículas, que funcionam como estruturas de reserva. Esse tipo de micorriza está presente em grande parte das culturas agrícolas, como milho, soja, trigo, café e diversas hortaliças. Por isso, têm enorme relevância no manejo agrícola.

Comparação entre os tipos

A principal diferença entre ectomicorrizas e endomicorrizas está no modo como o fungo se instala: enquanto as primeiras ficam na superfície e entre as células, as segundas entram dentro das células radiculares. Funcionalmente, ambas ampliam a absorção de água e nutrientes, mas, na prática, as endomicorrizas se destacam por sua adaptação aos solos tropicais e à maioria das culturas agrícolas, tornando-se aliadas estratégicas para a produtividade.

Benefícios das micorrizas para as plantas

A presença das micorrizas nas raízes traz uma série de vantagens que vão muito além da simples absorção de nutrientes. Esse tipo de associação natural contribui diretamente para o crescimento, a saúde e a produtividade das plantas, tornando-se um recurso estratégico para a agricultura moderna.

Maior absorção de nutrientes

As hifas dos fungos funcionam como uma extensão das raízes, aumentando significativamente a área de contato com o solo. Isso permite que a planta tenha acesso a nutrientes de difícil mobilidade, como o fósforo, além de melhorar a absorção de nitrogênio, potássio e micronutrientes essenciais.

Resistência a estresses ambientais

Micorrizas ajudam as plantas a lidar melhor com situações adversas, como períodos de seca, salinidade elevada e solos pobres em nutrientes. O fungo otimiza o uso da água e contribui para que a planta suporte condições de estresse abiótico com menor impacto em seu desenvolvimento.

Proteção contra patógenos

Ao colonizar as raízes, os fungos micorrízicos também atuam como uma barreira natural contra microrganismos causadores de doenças. Além disso, podem estimular a produção de compostos de defesa pela própria planta, aumentando sua resistência a pragas e patógenos do solo.

Estímulo ao crescimento e produtividade

Com mais nutrientes, melhor aproveitamento da água e maior resistência, as plantas micorrizadas tendem a apresentar maior vigor, crescimento uniforme e aumento no rendimento da produção.

Em resumo, as micorrizas funcionam como uma rede de apoio invisível que fortalece a planta de dentro para fora, garantindo não apenas melhor desempenho individual, mas também maior estabilidade do sistema agrícola como um todo.

Importância das micorrizas para a agricultura

No contexto agrícola, as micorrizas representam muito mais do que uma curiosidade biológica: elas são ferramentas naturais que podem transformar a forma como produzimos alimentos. Em um cenário onde a busca por produtividade precisa caminhar lado a lado com a sustentabilidade, entender e aproveitar esse tipo de simbiose é um diferencial estratégico.

Redução da dependência de fertilizantes

Com a capacidade de ampliar a absorção de nutrientes, especialmente do fósforo, as micorrizas permitem reduzir o uso de adubos químicos sem comprometer o desempenho das culturas. Isso significa economia para o produtor e menor impacto ambiental.

Melhoria da saúde do solo

Ao interagir com as raízes, os fungos micorrízicos contribuem para o equilíbrio biológico do solo, favorecendo a biodiversidade de microrganismos benéficos. Solos com maior diversidade microbiana são mais férteis, mais estáveis e menos vulneráveis à degradação.

Apoio à agricultura sustentável

O uso de micorrizas está alinhado com práticas de manejo sustentável e agricultura regenerativa. Elas favorecem sistemas de produção mais equilibrados, que conciliam alta produtividade com conservação dos recursos naturais.

Exemplos práticos

Culturas como milho, soja, trigo e café já demonstram respostas positivas à presença de micorrizas, tanto em áreas de cultivo convencional quanto em sistemas de agricultura orgânica. Essa versatilidade reforça o valor da associação em diferentes realidades produtivas.

Assim, investir no conhecimento e no manejo das micorrizas é investir no futuro da agricultura. Afinal, além de contribuir para lavouras mais produtivas, elas representam uma ponte entre a tecnologia moderna e a inteligência natural que já existe no solo.

Como estimular a presença de micorrizas no solo

Para aproveitar ao máximo os benefícios das micorrizas, é importante adotar práticas que favoreçam o desenvolvimento e a manutenção desses fungos no solo. A boa notícia é que muitas dessas ações também estão alinhadas com o manejo sustentável, trazendo ganhos duplos para o produtor e para o ambiente.

1. Práticas de manejo conservacionista

A rotação de culturas, o uso de plantas de cobertura e a manutenção de restos vegetais no campo são estratégias que contribuem para manter a microbiota do solo ativa. Essas práticas oferecem condições favoráveis para a colonização micorrízica e aumentam a diversidade biológica subterrânea.

2. Redução do revolvimento do solo

O preparo intensivo, como o excesso de arações e gradagens, pode destruir a rede de hifas formada pelos fungos. Por isso, sistemas como o plantio direto são mais recomendados, pois preservam a estrutura do solo e permitem que a micorriza se estabeleça de forma mais eficiente.

3. Uso de inoculantes comerciais

Hoje já existem no mercado bioinsumos contendo fungos micorrízicos arbusculares, que podem ser aplicados diretamente nas sementes ou no solo. Esses produtos ajudam a acelerar a colonização radicular e a potencializar os benefícios da simbiose.

4. Evitar excessos químicos

O uso exagerado de fertilizantes altamente solúveis e defensivos químicos pode prejudicar a atividade das micorrizas. Ajustar a adubação e adotar o manejo integrado de pragas são formas de reduzir impactos negativos e preservar a comunidade microbiana do solo.

Em resumo, estimular a presença de micorrizas exige um olhar mais cuidadoso sobre o manejo do solo. Pequenas mudanças nas práticas agrícolas podem criar um ambiente mais favorável para essa associação natural, garantindo resultados duradouros em produtividade e sustentabilidade.

Escrever

Desafios e perspectivas das micorrizas

Apesar de todos os benefícios comprovados, o uso das micorrizas em escala agrícola ainda enfrenta alguns desafios que precisam ser considerados por produtores e pesquisadores.

Limitações na aplicação em larga escala

Embora existam inoculantes comerciais com fungos micorrízicos, a eficácia pode variar de acordo com o tipo de solo, a cultura implantada e as condições ambientais. Além disso, a produção de bioinsumos em quantidade suficiente para atender a grandes áreas ainda é um obstáculo logístico e econômico.

Interação com o manejo agrícola

Nem sempre as práticas tradicionais adotadas no campo favorecem o desenvolvimento das micorrizas. O uso intensivo de fertilizantes químicos e defensivos, por exemplo, pode reduzir a atividade simbiótica, diminuindo o potencial de resposta da planta. Isso mostra a necessidade de repensar alguns modelos de manejo.

Pesquisas em andamento

A ciência tem avançado para compreender melhor como os fungos micorrízicos interagem com diferentes espécies de plantas e quais linhagens apresentam maior eficiência em condições específicas. Esses estudos abrem caminho para a seleção de inoculantes mais adaptados às realidades regionais e às demandas da agricultura moderna.

Futuro promissor

No contexto da agricultura regenerativa e sustentável, as micorrizas despontam como uma solução natural de grande valor. Sua capacidade de melhorar a saúde do solo, reduzir insumos químicos e aumentar a resiliência das culturas faz delas uma aliada estratégica para enfrentar os desafios do futuro, como mudanças climáticas e pressão por maior produtividade.

Assim, as perspectivas são positivas: quanto mais o conhecimento científico avança e se transforma em tecnologia acessível, maior será o espaço das micorrizas na agropecuária, fortalecendo sistemas produtivos mais equilibrados e sustentáveis.

Conclusão

As micorrizas são um exemplo fascinante de como a natureza desenvolveu mecanismos eficientes de cooperação entre organismos. Essa associação entre fungos e raízes não apenas garante maior absorção de nutrientes e água, mas também fortalece as plantas frente a estresses ambientais e contribui para a saúde do solo. Para a agropecuária, entender e aplicar esse conhecimento é um passo fundamental rumo a uma agricultura mais produtiva e sustentável.

Se você chegou até aqui, agradecemos por acompanhar este conteúdo até o fim. Esperamos que este artigo tenha ampliado sua compreensão sobre o tema e reforçado a importância de estudar os processos biológicos que sustentam a produção agrícola.

E se você deseja se aprofundar em assuntos como este e se preparar para atuar na área que mais cresce no Brasil, o Curso Técnico em Agropecuária da CPEA é a oportunidade ideal. Com aulas presenciais, exercícios práticos e certificado reconhecido pelo MEC e registrado no CFTA, o curso oferece a base necessária para ingressar no mercado de trabalho com segurança e conhecimento aplicado.

Na CPEA, você terá acesso a conteúdos atualizados, contato com profissionais da área e parcerias que facilitam sua entrada em um setor que valoriza cada vez mais profissionais capacitados.

Invista no seu futuro. Venha para a CPEA e esteja pronto para transformar a agropecuária junto com as inovações que o campo exige.

Até a próxima.

 

  • Compartilhe:
User Avatar
robinson

Post anterior

Olericultura: A base da produção de hortaliças
17 de setembro, 2025

Próximo post

Bioinsumos: O Futuro Sustentável da Agricultura Moderna
24 de setembro, 2025

Você também pode gostar

plantas-ornamentais
Cuidados com Plantas Ornamentais
15 outubro, 2025
lagartas-com-parasitóides-de-ovos
O Manejo de Lagartas com Parasitóides de Ovos
8 outubro, 2025
erva-daninha
Erva Daninhas na Lavoura
1 outubro, 2025

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Categorias

  • Agricultura
  • Agrocursos
  • Agronegócios
  • Agronomia
  • Agropecuária
  • Apicultura
  • Aves
  • Cartografia
  • Cogumelos
  • Compostagem
  • Faculdade Unoeste
  • Home
  • Silvicultura
  • Suínocultura
  • Veterinária

Cursos

Auxiliar de Veterinário – Cães e Gatos – Embu das Artes

Auxiliar de Veterinário – Cães e Gatos – Embu das Artes

R$36,00
Técnico em Agropecuária – Embu das Artes

Técnico em Agropecuária – Embu das Artes

R$1.000,00
Técnico em Agropecuária  – Bragança Paulista

Técnico em Agropecuária – Bragança Paulista

R$1.000,00

Posts

Cuidados com Plantas Ornamentais
15out2025
O Manejo de Lagartas com Parasitóides de Ovos
08out2025
Erva Daninhas na Lavoura
01out2025

O CPEA – Centro Paulista de Estudos Agropecuários atua desde 1989 na formação de mão de obra e de empresários qualificados para o campo.

Unidade Embu das Artes

  •  (11) 97339-7162 / (11) 4241-7525
  •  cpeasp@agrocursos.org.br

Unidade Bragança Paulista

  •  (11) 97339-7162
  •  cpeab@agrocursos.org.br

Redes Sociais

  • Facebook
  • Instagram

© CPEA - Centro Paulista de Estudos Agropecuários - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: ONIMO Comunicação

Faça login com sua conta de site

Perdeu sua senha?

WhatsApp