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Fenação: técnica prática para armazenar forragem

  • Postado por robinson
  • Categorias Agricultura, Agrocursos, Agronegócios, Agronomia, Agropecuária, Faculdade Unoeste, Home
  • Data 13 de agosto, 2025
  • Comentários 0 comentário
Fenação: técnica prática para armazenar forragem

A alimentação do rebanho é um dos pilares da produção pecuária, e garantir a oferta de forragem de qualidade durante todo o ano é um desafio enfrentado por produtores de diferentes regiões do Brasil. Em períodos de seca ou frio intenso, quando o crescimento das pastagens é reduzido, a escassez de alimento pode comprometer o desempenho animal e a rentabilidade da propriedade.

É nesse cenário que a fenação se apresenta como uma técnica prática, eficiente e acessível para conservar forragens. Ao transformar a planta verde em feno seco e nutritivo, o produtor cria uma reserva estratégica que mantém a qualidade do alimento por meses, sem depender diretamente das condições climáticas.

Neste artigo, vamos entender o que é a fenação, quais forragens são mais indicadas, como é feito o processo passo a passo e quais cuidados são essenciais para garantir um produto final nutritivo e seguro para o rebanho.

O que é Fenação

A fenação é uma técnica de conservação de forragens que consiste na colheita e secagem de plantas forrageiras até que atinjam um teor de umidade seguro para armazenamento, geralmente entre 15% e 20%. Esse processo interrompe a atividade de microrganismos que poderiam degradar o material, preservando assim o valor nutritivo da planta por longos períodos.

O objetivo principal é manter a qualidade nutricional o mais próximo possível da planta fresca, mas em uma forma seca e estável, que possa ser armazenada e fornecida aos animais conforme a necessidade.

Fenação x Ensilagem: qual a diferença?

Embora ambas sejam formas de conservar forragens, existem diferenças fundamentais:

  • Fenação:
    • Baseia-se na secagem do material até baixa umidade.
    • Conserva o alimento de forma aeróbia (na presença de oxigênio).
    • Não ocorre fermentação significativa.
    • É mais indicada para forragens que secam rápido e mantêm qualidade quando desidratadas.
  • Ensilagem:
    • Baseia-se na fermentação anaeróbia (ausência de oxigênio).
    • O material é armazenado com umidade alta (60% a 70%).
    • Preserva nutrientes por meio da acidificação natural.
    • Indicado para plantas mais suculentas e volumosas.

Breve histórico

A prática da fenação é antiga, com registros de seu uso desde a Antiguidade em regiões da Europa e da Ásia, onde os invernos rigorosos impossibilitavam o pastejo. Agricultores cortavam gramíneas e leguminosas no verão, secavam ao sol e armazenavam para alimentar animais nos meses frios.
No Brasil, a técnica ganhou destaque em propriedades leiteiras e de criação intensiva, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, como forma de garantir alimento de qualidade durante estiagens ou invernos mais longos. Atualmente, com o avanço de maquinários e métodos de secagem, a fenação tornou-se mais eficiente e pode ser aplicada tanto em pequenas quanto em grandes escalas de produção.

Gramíneas mais comuns

As gramíneas são as forragens mais utilizadas para fenação, pois oferecem bom rendimento por hectare e boa aceitação pelos animais. Entre as mais indicadas, destacam-se:

  • Capim-Tifton (Tifton 85 e Tifton 68) – Muito usado na produção de feno para equinos e bovinos leiteiros devido ao alto teor proteico e boa digestibilidade.
  • Braquiária (Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha) – Adaptada a diferentes climas e solos, apresenta boa produtividade e palatabilidade.
  • Capim-Coastcross – Apresenta crescimento rápido, boa qualidade nutricional e facilidade de secagem.

Leguminosas indicadas

As leguminosas possuem maior teor de proteína bruta, sendo excelente complemento às gramíneas. No entanto, exigem mais cuidado na manipulação, pois são mais sensíveis à perda de folhas durante a secagem. Entre as mais utilizadas, estão:

  • Alfafa (Medicago sativa) – Considerada a “rainha das forrageiras”, é muito nutritiva, rica em proteína e minerais, indicada especialmente para vacas leiteiras e cavalos.
  • Estilosantes (Stylosanthes spp.) – Boa opção para regiões tropicais, com boa resistência à seca e teor de proteína superior ao das gramíneas tropicais.

Critérios para escolha da planta

Ao decidir qual forrageira utilizar na fenação, é importante considerar:

  1. Teor de matéria seca (MS) – Plantas que atingem rapidamente 80–85% de MS facilitam a secagem e reduzem riscos de mofo.
  2. Digestibilidade – Quanto mais fácil o animal aproveitar os nutrientes, melhor o retorno produtivo.
  3. Valor nutritivo – Plantas ricas em proteína, energia e minerais garantem melhor desempenho do rebanho.
  4. Adaptabilidade ao clima e solo – A espécie deve crescer bem na região e na época de corte.
  5. Facilidade de manejo – Algumas plantas exigem menos equipamentos ou cuidados no processo de secagem.

Etapas do Processo de Fenação

O sucesso da fenação depende diretamente do cuidado em cada fase do processo. Desde o momento do corte até o armazenamento, cada decisão influencia na qualidade nutricional, durabilidade e aceitação pelo rebanho.

Corte da forragem

Ponto ideal de corte:

  • A planta deve ser colhida no estágio de pré-florescimento (antes de formar sementes) ou no momento em que apresenta maior valor nutritivo e digestibilidade.
  • Cortes muito precoces resultam em baixo rendimento e pouco volume; cortes muito tardios reduzem a proteína e aumentam a lignina, diminuindo a digestibilidade.

Ferramentas e equipamentos recomendados:

  • Para pequenas áreas: foices, roçadeiras costais ou manuais.
  • Para médias e grandes áreas: segadeiras, roçadeiras acopladas a tratores ou máquinas de corte com condicionadores (que aceleram a secagem).

Secagem

Objetivo:

  • Reduzir a umidade do material para 15% a 20% a fim de evitar fermentação, mofo e perda de qualidade.

Métodos de secagem:

  • Natural (ao sol): o mais comum, aproveitando o calor e o vento; exige revolver o material periodicamente para secagem uniforme.
  • Mecanizada: uso de estufas, ventiladores ou secadores específicos, garantindo maior controle e menor risco de perdas por chuva.

Cuidados para preservar nutrientes:

  • Evitar exposição prolongada ao sol intenso, pois pode degradar vitaminas como a A e a E.
  • Revolver o material com cuidado, especialmente no caso de leguminosas, para evitar perda de folhas.

Enfardamento

Após atingir a umidade ideal, o feno é compactado em fardos para facilitar transporte, manuseio e armazenamento.

Tipos de fardos:

  • Retangulares (pequenos ou grandes):
    • Vantagens: fácil empilhamento, transporte e manuseio; boa aeração no armazenamento.
    • Desvantagens: maior uso de mão de obra quando pequenos; máquinas específicas para fardos grandes podem ter custo elevado.
  • Redondos (rolos):
    • Vantagens: produção mais rápida, manuseio com tratores, boa compactação.
    • Desvantagens: menos práticos para empilhar e transportar; se armazenados ao ar livre, sofrem mais com umidade.

Armazenamento

Condições ideais:

  • Local coberto, seco, ventilado e protegido contra chuva e excesso de umidade.
  • Piso elevado ou sobre pallets para evitar contato com o solo.

Prevenção contra pragas e fungos:

  • Inspecionar periodicamente os fardos para identificar focos de mofo.
  • Controlar roedores e insetos, que podem danificar o feno.
  • Manter a umidade baixa para evitar proliferação de fungos e risco de combustão espontânea.

Vantagens da Fenação

A fenação oferece diversas vantagens para o produtor e para o manejo alimentar do rebanho, contribuindo diretamente para a eficiência da produção pecuária.

Disponibilidade de alimento no período seco

Durante a seca ou nos meses de inverno, quando o crescimento das pastagens é reduzido ou interrompido, o feno funciona como uma reserva estratégica de alimento. Isso garante que os animais tenham acesso a uma forragem de qualidade mesmo quando o pasto natural não está disponível, mantendo a saúde e a produtividade.

Redução de perdas no campo

Ao cortar a planta no momento certo e conservar como feno, evita-se a deterioração natural que ocorre quando a forragem permanece no campo durante longos períodos, sujeita à chuva, pragas e decomposição. Isso significa menos desperdício e maior aproveitamento da produção de forragem.

Preservação do valor nutritivo

O processo correto de secagem e armazenamento mantém boa parte dos nutrientes essenciais da planta, como proteínas, carboidratos e minerais. Assim, o feno conserva o valor energético e a digestibilidade, garantindo um alimento nutritivo que favorece o desempenho do rebanho.

Praticidade no manejo alimentar

O feno, por estar compactado em fardos, facilita o transporte, o armazenamento e a distribuição aos animais. Isso torna o manejo alimentar mais organizado, permitindo suplementar a dieta de forma controlada e eficiente, principalmente em sistemas de confinamento ou suplementação estratégica.

Cuidados e Limitações

Apesar de ser uma técnica prática e eficaz, a fenação exige atenção especial para evitar problemas que podem comprometer a qualidade do feno e a segurança do armazenamento.

Perdas por secagem inadequada

Se a forragem não atingir o ponto ideal de secagem — ou seja, uma umidade entre 15% e 20% — o feno fica suscetível a fermentações indesejadas, mofo e deterioração. Secagem insuficiente gera perdas nutricionais e torna o produto impróprio para o consumo animal. Além disso, a umidade alta facilita o surgimento de bactérias e fungos, que podem causar doenças nos animais.

Risco de combustão espontânea

Um dos maiores perigos no armazenamento de feno com umidade elevada é a combustão espontânea. Isso acontece porque a atividade microbiana no feno úmido gera calor, que pode se acumular e causar incêndios, colocando em risco toda a produção e a propriedade. Por isso, é fundamental monitorar a umidade e garantir ventilação adequada no local de armazenamento.

Perda de folhas em leguminosas durante a manipulação

Leguminosas, como a alfafa, possuem folhas frágeis e são as partes mais nutritivas da planta. Durante o corte, secagem e enfardamento, é comum que as folhas se soltem e se percam, reduzindo o valor nutritivo final do feno. Para minimizar essas perdas, recomenda-se:

  • Realizar o corte em estágio adequado, evitando plantas muito maduras.
  • Manusear com cuidado durante o revolvimento na secagem.
  • Usar equipamentos que preservem as folhas.

Conclusão

A fenação é uma técnica simples, porém fundamental, para garantir o armazenamento eficiente e seguro da forragem, especialmente nos períodos em que a oferta natural de pasto é limitada. Ao entender as etapas do processo, escolher as forragens adequadas e tomar os cuidados necessários, produtores e profissionais podem assegurar um alimento nutritivo e de qualidade para o rebanho, contribuindo diretamente para a produtividade e sustentabilidade da propriedade.

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Invista no seu futuro e venha aprender com quem entende do assunto!

Até a próxima.

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